Trovões
não peço aos ares,
lágrimas
não suplico ao Mar,
não
peço vulcões à Terra
nem
fogo ao mais puro dragão...
Não
rogo a Vénus o teu amor,
não
peço a nenhuma igreja
um
lugar no altar,
ou
que ódio entre em todas as almas
e
esbranqueei todos os semblantes...
Não
quero outra dor, outra desilusão,
mais
que ver-te em poder da solidão
custa
não te ter por perto
e
não poder gritar ao mundo
a
minha paixão.
Custa
não tocar teus lábios,
custa
sentir a solidão junto com
o
perfume de uma rosa branca,
custa
tudo o que a ti fere...
Custa,
amar-te...
Custa,
sim!
Lisboa,
24 de Julho de 2004.