Tenho as minhas músicas preferidas, as músicas que não gosto, os meus ídolos, os meus desagrados, como toda a gente tem.
A música é realmente uma companhia muito versátil, consegue acompanhar-nos em todas as ocasiões: nas férias, para treinar, para dormir, para ler um livro, para conduzir, para estudar... enfim, dá para tudo.
Mas não é fácil despertar sentimentos fortes em mim, identifico-me com algumas, mas não as sinto de forma tão profunda, de forma a "mexer cá dentro", como se costuma dizer. Talvez porque é uma coisa que faço praticamente todos os dias, ouvir música, e muitas vezes faço-a enquanto faço outras... e nunca lhe entrego toda a minha pessoa. Talvez seja por isso, por ser uma actividade já um pouco banalizada.
Bom, há excepções que confirmam regras, não é?
O Carlos Maciel é uma excepção.
A música na voz dele impõe-se a seja o que for que eu esteja a fazer na rua Santa Catarina. E fico ali, vidrada, a ouvi-lo. E acredito em cada palavra que ele canta. E tenho pena de as moedinhas que lhe dou não simbolizarem o quanto eu gosto de o ouvir. E tenho pena de ele não dar concertos, porque eu pagava com todo o prazer, para o ouvir e acho que ele ia gostar de sentir o amor do Porto, que já o intitulou de Carlos Cobain.
Não preciso de saber nada sobre ele.
É um dos meus músicos favoritos.
Ficam aqui duas covers com melhor qualidade, do Carlos.
É daquelas coisas que, se um dia desaparecer, se ele mudar de ideias que já não quer estar ali só pela música, vai fazer com que a Rua de Sta Catarina não seja a mesma...
ResponderEliminarGrande voz, Carlos Cobain. :)